No Relatório Técnico da FIFA sobre a Copa do Mundo Brasil 2014, considerou-se que as Jogadas de Estratégia foram cruciais na decisão dos resultados dos jogos, especialmente nos jogos a eliminar.
Este SubMomento da Organização Ofensiva (e da Organização Defensiva) é cada vez mais decisivo nos jogos de mais alto nível (em que há muita igualdade entre as equipas).
As melhores equipas do mundo já se aperceberam da sua importância e contam nas suas equipas técnicas com especialistas para otimizar a equipa nestes SubMomentos.
No site TacticalPedia iremos semanalmente mostrar a todos os Treinadores as Melhores Jogadas de Estratégia Ofensiva do Futebol Mundial.
Vídeo TacticalPad:
Descrição:
Quando a bola está descaída um pouco para um dos lados, colocam-se 2 ou 3 jogadores junto à bola para a marcação do livre (importante que sejam dois jogadores que rematem preferencialmente com “pés diferentes”, um canhoto e um destro). Os restantes jogadores distribuem-se da seguinte forma: 1 jogador do lado da bola a dar amplitude ao jogo, colocando-se junto à linha lateral desse lado (de forma a que um adversário se preocupe com ele e seja arrastado para essa zona); outro coloca-se ao lado da barreira, pelo “lado aberto” (entre a bola e o Guarda-Redes para lhe tapar a visão da bola); 3 ou 4 jogadores colocam-se dentro da área, afastados da barreira (e afastando os adversários da barreira) e os restantes ficam a dar cobertura ofensiva.
Ao sinal do árbitro, os jogadores junto à bola que não vão marcar o livre correm para a bola e passam por ela, para confundir os adversários, nesse momento, o jogador que estava ao lado da barreira desloca-se pelas costas dos jogadores que a compõem e ao chegar ao outro lado (“lado fechado”) recebe a bola do marcador do livre, domina-a, orienta-se para a baliza e remata para o golo.
Esta Jogada de Estratégia Ofensiva foi inicialmente utilizada pela Argentina na Copa de 1998 no jogo com a Inglaterra nos Oitavos de Final. A perder 2-1, a Argentina conseguiu com esta Jogada estudada empatar o jogo no último minuto e levá-lo para prolongamento (onde acabou por vencer nos penaltis).
15 anos mais tarde, Diego Simeone (treinador do Atlético de Madrid e jogador da Seleção Argentina em 1998) aplicou esta mesma Jogada na Fase de Grupos da Liga dos Campeões 2013/2014 no jogo com o FC Porto. Empatado 1-1, o Atlético de Madrid conseguiu marcar o golo decisivo com a aplicação deste “Livre Argentino”.